CRONIQUETA DE FÉRIAS III
Foto do julgamento de caloiros pela Associação de Antigos Estudantes de Coimbra, Março de 1958 (foto do Vasco da Focarte, meu querido amigo) vêem-se ali o Pimentel a Susana, a Leonor e... mais não digo por não estar perceptível e... nada!
Rumo ao sul, Figueira da Foz ... Despedimo-nos de uns e fomos em busca de outros... Com as costas doridas (duas noites dormidas no chão, em colchões "eusébio", durante umas horas que sobravam, da madrugada barulhenta, conversada, "rida", e eu sei lá que mais...) lá embarcámos rumo ao sul. Na Figueira encontraríamos mais gente nossa, mais aventura, mais dormidas no chão (agora com colchões de ar - uma novidade para mim - bem bons...) mas sobretudo mais estórias, algumas bem lembradas, outras incontáveis a estranhos (eheheheh) sempre à volta de amores e desamores da adolescência, dos bailes da época, dos aniversários dançantes... das turmas de repetentes, dos profs, das partidas... Afinal ficámos perto da Figueira, e não na cidade pròpriamente dita, não deu praia, mas deu mariscada valente, carilada das antigas, de carangueijo e, arroz de camarão, a sério, com rissóis a condizer... ah! e umas conchitas à moda da Teresa (a dona da casa) que vou vos contar é de chorar por mais e... mais! Com pão frito (com alho) a acompanhar é um petisco soberbo. E, lá vieram as estórias, pela noite fora, com gargalhadas e olhinhos molhaditos, de saudades imensas, eternas, de sabor a pouco... Um dia o ´Carlitos (e mais não digo porque é super conhecido...) foi a um baile finalista da malta mais velha que nós, e saiu de lá entornado. Fomos para Princesa beber a bica da manhã, para acalmar desequilíbrios, e não é que o nosso amigo, sentado junto de nós, se levantava rápido, corria para os criados de bandeja cheia, para... bater por baixo... entornar tudo e ... rir, rir, rir, e nós estupefactos... Valeu-nos o "nome de família" do Carlitos para acalmar o gerente que àquela hora da manhã ainda se não tinha deitado e... estava com maus humores. A outra, publicável, foi a do Chico Pipas, velho conhecido, que também depois dum baile de finalista, muito encharcado, quando caminhávamos para a Princesa, para o tal café, resolveu "mijar". Onde? Queria fazê-lo na acácia bem no meio da 24 de Julho junto à Princesa, com toda a gente a vêr. O Guarda nocturno foi lá impedir e queria multá-lo por indecência e má figura. Acorremos em seu auxílio, conversámos com o guarda, explicámos que tínhamos vindo dum baile importante, que assim, que assado. Enquanto isso o Chico por detrás do guarda... zás, mijou-lhe uma perna. E ria descontrolado! O guarda sentiu quente... olhou e... foi tudo para a esquadra! Depois dos pedidos de desculpas e, depois do pagamento duma calças novas ao guarda a coisa serenou. Mas o Chico, não parava de rir, e só com muito labor o Chefe da esquadra (que era primo do meu pai) aceitou que ele não sabia o que fazia. Ambos negaram os factos depois quando sóbrios... vejam só! E, nós estivémos dois dias na casa da Teresita, lembrando terras e Gentes de Moçambique, sempre com a saudade do que não queremos esquecer. Falta a última visita. Oeiras aí vamos nós! Ricky . |
4 Comments:
Muito divertido! Isso é que são recordações.
Estou a gostar muito do seu Blog e das coisas que lá são contadas, porque me fazer recordar, mas tempos mais tarde.
Um grande abraço e boa estadia em Oeiras.
Obrigada a todos. Vou breve visitar a vossa casa, só que tive um susto e estou medicado e tenho pouco tempo... mas serei breve. Girassol, como se entra lá, não me deixas...
Vou pôr a III parte...
Bjinhos e abraços para todos, Ricky
Humor fino, sim senhor!
Gente ilustre é outra coisa.
O Chico Pipas, bêbado inveterado mija, se fosse o Carlinhos ... urinava.
Isto de sexagenários metidos em blogueiros é o que dá
ora viva!
sê bem vindo lá ao sitio. já notava a tua ausencia. mas como não gosto de forçar ninguem...
seja como for: as tuas croniquetas estão o máximo.
Abraço da leonoretta
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