De costas para o rio...

Quero questionar-me, questionando-vos. Adoro a Paz real, aquela que brota sorrisos... Quero cantar sentimentos, desafiar os olhares do coração... Quero contar consigo, na parceria desta viagem... Por isso não quero ir para o mar, quero procurar as razões que dão amor... e, dele fazer um canto louco de alegria...

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Localização: Barreiro, Setubal, Portugal

sou alguém que é feliz...

sexta-feira, agosto 18, 2006

CRONIQUETA DE FÉRIAS


CRONIQUETA DE FÉRIAS
Iª parte
Realidade ou ficção?

I - Introdução
É sabido que todos proclamam: férias são férias! Mesmo para os “pensionistas”, pois claro! Também têm direito… Antes de partir ainda li na net uma pergunta: “… pensionista tem férias?” Já não respondi, apesar de terem sido formuladas por duas senhoras, que muito respeito… Uma Condessa e uma “Cila”, para os amigos, claro! Pensionista tem rotinas, como qualquer um, e é delas que tenta livrar-se, quando faz solenemente a proclamação de: férias! Todavia, uma coisa é a vontade, outra a realidade deste mundo louco, que nos rodeia…
II – Enfim, Férias…
Fui por aí fora, ver o país a arder, e por entre dois fogos, entretinha-me a ver a guerra no médio oriente… que por pouco já não é médio, é pouco oriente… de facto para quem quer férias, é deveras gratificante. Valeu-me a companhia, que me absorveu muita atenção, salvando-me da catástrofe anunciada. Depois, um grupo se formou e lá fomos tentando passar ao lado da realidade, deste mundo louco… louco! Lá fora na estrada, íamos verificando a razão, porque se morre tanto nas nossas estradas, como no Iraque, ou na tal guerra privada… É cada bomba! Perante a doce contemplação, deste bonito país à beira mar plantado, conservávamos um humor retardado, de jornadas de outrora, noutros campos, noutras terras, lá pelo oceano Índico, onde os grãos de areia da praia, em vez de picarem o corpo, adoçam a pele num aconchego aveludado de cumplicidade amorosa.
Eram histórias de factos reais, ou simplesmente ficcionados para suportarem a saudade, e… para isso, qualquer vislumbre de lembrança ténue, servia de base à imaginação, ou ao encontro e mistura de acontecimentos, e … lá se ouvia…” eh pá isso foi noutra altura, se bem me lembro… (oh saudoso Vitorino Nemésio…) “.
O fascínio que África exerce sobre quem lá viveu, é real e duradoiro. Então para quem lá nasceu, cresceu, brincou, estudou, namorou, casou, foi pai… a tampa da memória quase rebenta, na tentativa de voltarmos a reviver coisas tão marcantes… Os componentes do grupo eram todos nascidos naquelas terras, contemporâneos, com vivências comuns na adolescência e como adultos, e por isso foi fácil rebuscar, aquele ar de felicidade de quem tem no baú da memória vivida, um tesoiro bem robusto…Visitámos feiras, praias, andámos pelas ruas deste país, procurámos ementas regionais, pouco recomendáveis a fígados sensíveis, mas de grande teor cultural, bem entendido…
Lá “comi” a minha primeira francesinha, com direito a festim regional, “à moda do porto e tudo”, ali para os lados da Gaia, onde ouvi a expressão que me deliciou, dum da outra margem: “ Mais vale uma rua do Puorto, c’a Gaia toda carago…”(Continua)

3 Comments:

Blogger Era uma vez um Girassol said...

Sou a primeira!!!! Saudade....
Já aqui vim tanta vez e andavas desaparecido em combate....
Afinal na passeata, comendo e bebendo, recordando, enchendo o peito de boas recordações...
Já estás livre!!!! Voa, voa livre, quem me dera!
Só tu mesmo vais adivinhar o nque tenho no meu canto....
Beijinhos

11:58 da manhã  
Blogger Era uma vez um Girassol said...

Esqueci-me de dizer que gostei de ver a foto do liceu...

12:37 da tarde  
Blogger joaninha said...

Que saudade! Do Liceu e dos meus alunos... Sobretudo dos nono G do nocturno... Quem diria que ao passear pela blogada voinha a encontrar um "chamuar"... Maning giro... Virei muitas vezes, porque depois de fins de 1983, não voltei a Maputo, mas tenho sempre notícias de uma ou outra forma...Um Abração do Blog joaninha

7:50 da tarde  

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