De costas para o rio...

Quero questionar-me, questionando-vos. Adoro a Paz real, aquela que brota sorrisos... Quero cantar sentimentos, desafiar os olhares do coração... Quero contar consigo, na parceria desta viagem... Por isso não quero ir para o mar, quero procurar as razões que dão amor... e, dele fazer um canto louco de alegria...

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Localização: Barreiro, Setubal, Portugal

sou alguém que é feliz...

domingo, setembro 10, 2006

Croniqueta de Férias IV Epílogo



Croniqueta de Férias IV Epílogo



Estava programada a ida a Oeiras, mas foi tão rápida aestadia, que nem deu para cheirar a maresia... Seguimos para Sintra, (arredores de...) mesmo numa serra das antigas, com caminhos de cabras e tudo. Mas, em vez dum palácio, tivemos umas acomodações do século XVII, ainda bem conservaditas, com remendos recentes, mas que respeitaram a traça antiga. Dormi nuns antigos estábulos, imaginem só... mas não dormi sòzinho para não ter medo claro... Com a Praia Grande ao pé, com o electrico muit'a giro a levar a malta, pelos campos fora, a vegetação que compunha aquelas sinuosas formas do terreno, era exuberante, única, maravilhosa... A praia? Grande sim, mas ventosa, e pouco acolhedora, só para surfistas... Mas tivemos a Ericeira e todas as outras ao derredor... Mas era à noite, ao final da tarde que a paródia começava. No acender da fogueira, da escolha das brasas para fazer o jantar, nas febras, nos camarões grelhados em carvão, no bacalhau assado, nas batatas a murro, na canja p'rós doentinhos das duas da manhã, e ainda no pão caseiro com chouriço, feito ali ao pé, no forno do vizinho, Beirão dos quatro costados, mas moçambicano de adopção, por quatro anos de tropa, naquelas paragens que ele jamais esqueceu... E, foi ouvir horas a fio as estórias da tropa, as boas e as más, mas que marcam sempre a vida de cada um. As caçadas aos gambuzinos, feitas aos recrutas, no mato, as borradelas de calças, com o mêdo, os pedidos de segredo, enfim dramas ditos a rir, anos a fio depois deles terem acontecido. Foi um epílogo interessante dumas férias bem passadas, com gente que não via há anos, mais gorduchitos mas mais engraçados... Claro que muito do que se passou, não posso contar, sem trair a confiança natural que amigos depositam naturalmente uns nos outros, porque também fizemos uma autobiografia aclarada, com confissões e ... pêras. Mas, posso-vos garantir, que as gargalhadas continuaram, como assinatura na declaração de bons tempos recordados, que permanecem vivos, não só nas nossas memórias , mas nas nossas próprias vidas. Ao terminar deixo-vos um convite: não deixem de conviver, com os que vos querem bem, recordem o passado, gargalhem à vontade, soltem a alegria de ter vivido coisas boas (entre outras menos boas que repudiamos) e sobretudo VIVAM COM GOSTO!
Esta foi, a finalidade primeira, destas croniquetas...
Ricky

3 Comments:

Blogger Matisfolle said...

Monsieur Ricky

Hummm!
Vous avez um blog ??!!! Trés bien.
Je vá passer quelques foi pour m´occuper pour quelque temp.
À tout allor.

5:17 da tarde  
Blogger joaninha said...

Muito interessante!
Como vivi em Sintra aquando garota e na primeira fase da adolescencia, até me pareceu andar em vossa companhia.
Então essa saúde vai melhor?
Estas croniquetas, bem escritas e muito descritivas, são realmente de muito agradavel leitura. Vou continuar a vir, até que os laços a Moçambique me fazem mesmo vontade de vir. Linkei este Blog ao meu joaninha e espero lá pela visita. Um grande abraço e até depois.

12:36 da manhã  
Blogger Henrique Santos said...

Obrigada pela visita.
Joaninha eu quero lá ir mas como? Não me deixas...
Ricky

4:01 da tarde  

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