De costas para o rio...

Quero questionar-me, questionando-vos. Adoro a Paz real, aquela que brota sorrisos... Quero cantar sentimentos, desafiar os olhares do coração... Quero contar consigo, na parceria desta viagem... Por isso não quero ir para o mar, quero procurar as razões que dão amor... e, dele fazer um canto louco de alegria...

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Localização: Barreiro, Setubal, Portugal

sou alguém que é feliz...

domingo, outubro 02, 2005

Em memória

Para este poema, que delicadamente "me saltou" para o teclado naquela altura, não vou fazer comentários... Doeu...
Obrigada por me lerem...

EM MEMÓRIA
Na luz fria daquela manhã,
dum sol meio envergonhado,
espreitando nas nuvens negras,
dum dia que não esquecerei,
saiste com o passo apressado,
e, por um momento fugaz,
escondeste-me o teu olhar,
como se evitasses segredo mau.
Pressenti tudo o que não queria,
repudiei tudo por amor,
descansei esperando o regresso,
em dia de sol real ou imaginado.
Os dias passaram lentos,
do norte não regressavas,
até que o segredo foi mais forte,
que a tua vontade de vencer!
O câncer, esse "bicho" maldito,
ultrapassou a tua vontade.
Fiquei mais só, mais pobre,
mas tenho a saudade boa,
do teu olhar cintilante,
não o que fugiu à verdade,
que me nunca me confessaste,
mas aquele que revelava vida,
amor, paciência, dádiva,
de pediatra de coração,
e de mulher a tempo inteiro!
Até sempre!

Ricky

9 Comments:

Blogger Fragmentos Betty Martins said...

Olá

Não é a primeira vez que venho a este "canto", mas é a primeira vez que comento ao fim de muitas vezes de te ter lido.

"Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.

O vento da vida pôs-te ali.

A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.

O vento te levou
mas na minha
memória
para sempre viverás"

(Pablo Neruda)

Uma boa semana

Um beijo

8:41 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Gostei da intensidade com que escreveste estas tuas palavras. Que denotam um sentimento profundo em jeito de memória. Continua!
Beijinhos.

12:46 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Mãe é Mãe!

2:17 da tarde  
Blogger th said...

Pois é, meu amigo, quando bate a saudade...dá posts destes...e não me digam que é da idade...lol.
Vamos escrever bonito e alegre, combinado? beijo, th

4:38 da tarde  
Blogger Luisa Hingá said...

Psiu meu comandante quero ler um poema a recordar os tempos alegres com a tua mãe...eu sei que elas não querem que andemos tristes...

12:51 da manhã  
Blogger Menina Marota said...

Foi dificil encontrar o teu Blog. Aliás, foi uma coincidência mesmo, já porque só tinhas deixado o email no teu comentário no Post da Lena d'Água.
Vim aqui ter casualmente, e perdi-me aqui a ler todos estes textos, que me encheram a alma.
Grta pela partilha, das tuas palavras e dos teus poemas.
Gostaria de linkar-te. Pode ser?

Um abraço de boa noite :)

1:05 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Um dia te chamei "menino dos olhos tristes", mas podem ser eles, tu através do teus gestos e sorriso , mostras a alegria , é bom lembrar... lembra sorrindo...
Sei o que sentiste... mas sorrindo chegamos a elas. Jinhos

1:23 da manhã  
Blogger Henrique Santos said...

Olá Gente boa,
Tanto incentivo, tanta amizade, tanto miminho... Merecerei eu? Vou fazer por isso, que mais posso dizer? Eu não sou triste, por natureza. Sou até bastante alegre, com uma alegria que vem de dentro. Há muito, que as memórias me relacionam com o passado, numa perspectiva positiva. Isto é, quem "viveu" essas memórias, só tem de as recordar, como dádiva de vida, de Deus. Sou crente e é a partir d'Ele, que tudo acontece na minha vida. Com dificuldades, como qualquer outra pessoa, eu afirmo sem pestanejar, sou feliz!
Obrigad gente boa...
Ricky

9:29 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Limpar as parteleiras da imensidao de labirintos que construiem o puzzle de nos mesmos nao e' triste, e' saudavel

12:00 da tarde  

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