De costas para o rio...

Quero questionar-me, questionando-vos. Adoro a Paz real, aquela que brota sorrisos... Quero cantar sentimentos, desafiar os olhares do coração... Quero contar consigo, na parceria desta viagem... Por isso não quero ir para o mar, quero procurar as razões que dão amor... e, dele fazer um canto louco de alegria...

Nome:
Localização: Barreiro, Setubal, Portugal

sou alguém que é feliz...

domingo, setembro 24, 2006

ACTIVEX


ESTOU TRISTE!

Henrique Santos disse...
Julgava eu que:Parece que agora não estou interdito aos blogues.Matei saudades e voltarei, desde que o ACTIVEX o deixe... tive de deixar os blogues porque o PC caía... parcialmente acho que está resolvido, veremos, porque quando entrei lá estava o aviso a pedir o ACTIVEX ... mas disse sim e ele não caíu...Só que agora VOLTOU e tantos amigos e blogues que eu gostava de visitar e NÃO POSSO, pelo menos avisem a estes amigos entre tantos:IO,nokinhas,Era uma vez um Girassol, Carlos Gil, vero ,Lumife, Betty Branco Martins, adesenhar, Manel do Montado,palavras que escrevo, Bel, Menina_marota, Pecaaas, neith, Mikas, Luna,Zica Cabral,alfazema, MegMarques, Nova Evangelização, noite, mar... e sem ferir susceptilidades mais tantoas amigas e amigos...Obrigado e se alguém me puder ajudar agradeço,Rickyps. vou pôr o sheltox outra vez a vêr se sossega mais e me deixa ir aos vossoa blogues sem aparecer o tal aviso a rebordadoa azul ACTIVEX para eu o accionar, faço-o e ele de seguida dá-me a escolher DEBUG ou OUT...Ricky
4:49 PM

Pingos de saudades... I

Pingos de saudades I


Tenho lembranças do teu colo mãe. Oiço a tua voz ralhando, pelas traquinices que fazia alegremente, no quintal junto às mangueiras. Onde me sentia um “tarzan” de trazer por casa, subindo e descendo daquelas frondosas ramadas. Em tempo de manga madura, ai, ai, as camisas que eu sujava… e, eu lá ouvia “-Vai já p’rá banheira que eu nem te quero ver assim… O teu pai está a chegar, e se ele te vê é bem pior… livra-te de não comeres a sopa… Hoje oiço a minha filha ralhar duma forma tão diferente: “ – Larga o computador, olha a vista, os mails p’rá Floribela acabaram por hoje… E “Morangos com açúcar” também não!!! Pois, minha Mãe, como era bom brincar no quintal, com a “Matilde” (uma cadela extraordinária) sempre por perto a tomar conta de mim. Era o ar puro, o exercício que hoje não vislumbro nos meus netos…
Tenho saudades de fazer a minha “poupa” à Elvis, vestir as calças pretas apertadas, de gola levantada e pedir-te Mãe, dez escudos para a matinée e pró geladito, ou chocoleite da cooperativa, e ir ao encontro da malta… Com a namoradita disfarçada, porque os pais poderiam estar por perto… Hoje o cinema é em casa, e os filmes que nós não podíamos ver e tinham cortes, hoje dão na televisão à hora do lanche… Oh Mãe que saudades tenho dos teus conselhos… “As meninas são para se respeitar, elas são mais preciosas que tu possas agora imaginar… Um dia, perceberás melhor…” Oh Mãe como te percebo… agora tudo se perdeu, a bem duma libertação não sei de quê… se calhar sou eu que já não alcanço as razões…
Ainda me lembro dos bailes em minha casa, nos aniversários e, quando calhava, os assaltos de Carnaval, por exemplo. Do teu cuidado no meu vestir, do teu cuidado no meu comportamento, ah pois, no respeito às meninas, no regressar cêdo… Hoje, não há hora de regresso, e nas discotecas não há coca-colas como as nossas… há outras coisas piores, que eu até nem quero saber os nomes… Os meus netos, como vai ser? A gente até educa, e lá fora se “desinduca” com mais força!
Recordo-me quando partia p’ró liceu, as tuas recomendações mãe, sempre as mesmas “Tens tudo arrumado? Tens treino? Não te aleijes… vê como falas para os teus professores… eu que saiba… A minha mãe nesta educação matriarcal, era também a extensão do meu pai, que só falava em crise absoluta, ou bastava até um olhar… Hoje leio que há professores que são espancados pelos alunos, que são insultados que…
Ah, quando eu namorava com alguma viabilidade futura os teus conselhos redobravam…” Filho, olha que algumas coisas só se fazem depois de casar…” Ai Mãe, hoje desmaiavas… isso já se faz aos treze anos em média, em Portugal, acreditando na estatística…
Quando te via pegar nos teus netos, com aquela sapiência de mãe feita avó, o amor que derramavas em cada gesto, me tranformo, e vou em frente, afinal há algo que não mudou, eu te repito.
Neste dia especial queme apeteceu recordar-te, minha Mãe, vejo-me impotente para dizer o quanto queria, mas sei que quando partiste, sofrida, quando encetaste a viagem para Ele, deixaste a semente dum amor que nunca esquecerei, e que os meus netos sentirão e também, como os seus pais, não esquecerão.
Um beijão Mãe.


domingo, setembro 10, 2006

Croniqueta de Férias IV Epílogo



Croniqueta de Férias IV Epílogo



Estava programada a ida a Oeiras, mas foi tão rápida aestadia, que nem deu para cheirar a maresia... Seguimos para Sintra, (arredores de...) mesmo numa serra das antigas, com caminhos de cabras e tudo. Mas, em vez dum palácio, tivemos umas acomodações do século XVII, ainda bem conservaditas, com remendos recentes, mas que respeitaram a traça antiga. Dormi nuns antigos estábulos, imaginem só... mas não dormi sòzinho para não ter medo claro... Com a Praia Grande ao pé, com o electrico muit'a giro a levar a malta, pelos campos fora, a vegetação que compunha aquelas sinuosas formas do terreno, era exuberante, única, maravilhosa... A praia? Grande sim, mas ventosa, e pouco acolhedora, só para surfistas... Mas tivemos a Ericeira e todas as outras ao derredor... Mas era à noite, ao final da tarde que a paródia começava. No acender da fogueira, da escolha das brasas para fazer o jantar, nas febras, nos camarões grelhados em carvão, no bacalhau assado, nas batatas a murro, na canja p'rós doentinhos das duas da manhã, e ainda no pão caseiro com chouriço, feito ali ao pé, no forno do vizinho, Beirão dos quatro costados, mas moçambicano de adopção, por quatro anos de tropa, naquelas paragens que ele jamais esqueceu... E, foi ouvir horas a fio as estórias da tropa, as boas e as más, mas que marcam sempre a vida de cada um. As caçadas aos gambuzinos, feitas aos recrutas, no mato, as borradelas de calças, com o mêdo, os pedidos de segredo, enfim dramas ditos a rir, anos a fio depois deles terem acontecido. Foi um epílogo interessante dumas férias bem passadas, com gente que não via há anos, mais gorduchitos mas mais engraçados... Claro que muito do que se passou, não posso contar, sem trair a confiança natural que amigos depositam naturalmente uns nos outros, porque também fizemos uma autobiografia aclarada, com confissões e ... pêras. Mas, posso-vos garantir, que as gargalhadas continuaram, como assinatura na declaração de bons tempos recordados, que permanecem vivos, não só nas nossas memórias , mas nas nossas próprias vidas. Ao terminar deixo-vos um convite: não deixem de conviver, com os que vos querem bem, recordem o passado, gargalhem à vontade, soltem a alegria de ter vivido coisas boas (entre outras menos boas que repudiamos) e sobretudo VIVAM COM GOSTO!
Esta foi, a finalidade primeira, destas croniquetas...
Ricky